Trocando os pés pelas mãos (ou quase)
O vilão da vez. Eles estão parados no tempo? Um presente de Omaha. Uma vaga pra trabalhar com a gente e Red Hot Chili Peppers
Alguém te encaminhou esse e-mail? Não tem problema, é só se inscrever por aqui:
☕ Expresso de Notícias
Curto e sem açúcar.
Farmacêuticas
O vilão da vez
Desde o início de 2021, a inflação vem fazendo o bolso do brasileiro sofrer. O cidadão tupiniquim já reclamou do preço da conta de luz, da carne, da gasolina e por aí vai. Dessa vez, o vilão deve ser o remédio. Na virada de março para abril, as farmácias vão poder aumentar o preço dos medicamentos brasileiros em 10,9%. Esse reajuste é reflexo da própria alta da inflação durante 2021, que afetou bastante os custos da indústria farmacêutica.
Um aumento de dois dígitos nos remédios é muito ruim para a população em geral, mas excelente para as farmácias, que aproveitam pra turbinar sua lucratividade.
Como o reajuste é autorizado ao mesmo tempo pra venda entre indústria e farmácia e pra venda farmácia → consumidor, as drogarias acabam comprando muito estoque ao preço antigo em março e vendendo pelo preço novo no segundo trimestre. Quanto maior a inflação do ano anterior, maior o reajuste autorizado e também o ganho de Margem Bruta. Se liga nesse gráfico que vai estar no VBox da RaiaDrogasil que vai ao ar no mês que vem:
É bem provável que as varejistas farmacêuticas vão mostrar resultados excelentes no 2º Tri quando comparados com o 1º Tri. Os desavisados podem até achar que essa evolução é permanente, mas não se iluda: ela é tão transitória quanto a inflação (ou, pelo menos, tão transitória quanto a inflação deveria ser).
Bancos
Será que os bancões estão mesmo parados no tempo?
Definitivamente, não! Pelo menos no caso do Itaú (ITUB4), existe bastante coisa acontecendo no seu banco de investimento — Itaú BBA — e no Cubo, sua incubadora de startups.
O Itaú foi o maior responsável por IPOs de empresas de tecnologia do país, nos últimos anos. Por exemplo, ele foi o único banco brasileiro que participou do IPO da VTEX (NYSE: VTEX) — uma empresa brasileira de softwares — na NYSE. Sem contar que ele também participou do IPO da ClearSale (CLSA3) (empresa de soluções antifraude) e da Infracommerce (IFCM3), que tem uma plataforma online de serviços de logística.
Tá vendo como não é à toa, que o investimento na XP rendeu um belo lucro para o banco e seus acionistas, recentemente?!
Além dos IPOs, outras fontes de dinheiro estão no radar do banco. Thiago Maceira, diretor do Itaú BBA, diz que, provavelmente, o setor de tecnologia terá mais operações de M&A neste ano.
Mas não para por aí. O banco criou um nicho tech, pra se aproximar do setor e conseguir oferecer soluções financeiras de maneira mais personalizada, adequadas ao mundo das startups. Nesses casos — onde não dá pra olhar a linha de lucro da empresa, já que elas estão só começando e rodam no preju — o modelo de crédito busca outras variáveis, como: quem é o fundador, quem são os acionistas e os aportes que a empresa já levou.
Foi aí que o banco criou uma linha de crédito chamada de venture debt, como uma alternativa de funding àquelas rodadas de captação clássicas do mercado de venture capital.
Uma coisa podemos falar com certeza: se engana quem acha que esses bancões com resultados bilionários não estão de olho no que anda acontecendo de inovação no mercado.
Varejo de Moda
Trocando os pés pelas mãos (ou quase)
A Arezzo (ARZZ3) não se contenta em ficar só nas sapateiras. Ela quer ganhar espaço também nos guarda-roupas. Pra isso, a empresa irá lançar, no dia 12 deste mês, uma nova aposta: a marca de vestuários da Schutz.
Pra quem não sabe, a Schutz foi criada pelo presidente da empresa, Alexandre Birman (enquanto ele ainda estava no começo de sua carreira) e hoje é uma das líderes de vendas da empresa.
Mas este não é o primeiro passo que a empresa dá pra sair dos pés dos clientes 😂. Tudo começou em 2020 com a compra da Reserva. Depois, chegaram BAW Clothing, de moda jovem e urbana, e a Carol Bassi, de moda feminina de luxo.
O mercado que a marca quer atender — o de roupas para mulheres das classes A e B — movimenta quase R$ 15 bilhões. Mas o jogo não é mole. A Restoque (LLIS3), dona da Le Lis Blanc, teve um prejuízo de R$ 804 milhões, em 2021. E olha que isso foi 60% melhor do que em 2020. A In Brands, que tem Ellus, Bobstore e Alexandre Herchcovitch nas vitrines, teve R$ 11 milhões de prejuízo, 90% menor do que no ano passado (os números da empresa divulgados são dos 9M21).
Apesar das concorrentes estarem passando perrengue, a Arezzo não perde o otimismo e anda jogando bem. Em 2021, a empresa faturou quase R$ 3 bilhões e lucrou mais de R$ 345 milhões. Pra este ano, ela projeta que as vendas da Schutz atingirão R$ 1 bilhão (com as roupas já na conta).
Quem é aluno do Valuation do Zero ao Avançado já viu que Arezzo foi um dos cases apresentados no curso. Pra quem ficou de fora, não tem problema. Em breve sai a versão 2.0 e ainda teremos no VBox tudo o que você precisa saber sobre a empresa.
🎁 Presente de Omaha
Já viu que estamos liberando nosso Relatório de Valuation da WEG (WEGE3) gratuitamente?
São mais de 100 páginas e é, provavelmente, o relatório mais completo que você vai ler sobre a empresa.
Não garantiu o seu ainda? Então corre aqui 👇:
🤝 Cantinho da CLT
Ou do estágio. Afinal, o que seria do capitalismo sem Excel e estagiários?
Analista de FIIs na Edufinance 🥇
Requisitos:
Ensino superior completo ou último período da faculdade (não precisa ter CNPI)
Vaga presencial em Niterói/RJ
Como me Inscrevo?
Enviar e-mail p/ parcerias@edufinance.com.br com o assunto:
Vaga - Analista FII (qualquer outro assunto será ignorado), contendo o CV e respondendo por que gostaria de trabalhar aqui.
⏰Prazo pra enviar: 06/04/2022
Quer divulgar uma vaga aqui? Só mandar pra gente respondendo esse e-mail 😉
🎼Off-topic
Nem só de mercado vive o homem.
Hoje, o Red Hot Chili Peppers lançou seu 12º álbum da carreira e, o mais importante, o primeiro desde a volta de John Frusciante nas guitarras 🎸
Pra você que quer sentir de leve o peso da idade nesta sexta-feira, saiba que a banda vai completar 40 anos, em 2023, e que 3 dos seus membros já estão beirando a casa dos 60 anos.
Aqui não dá pra dizer que a idade impactou o resultado da música (nem pra pior, nem pra melhor — e usar clássica metáfora do vinho, dizendo que a banda está melhor agora depois de todo esse tempo).
Ao longo das 17 músicas, você vai ficar com a impressão de “acho que já ouvi algo parecido antes 🤔...” Mas saiba que essa é a proposta mesmo: um álbum pra celebrar a história do grupo. Eles não tentaram reinventar a roda — afinal, nem precisam.
Como já dissemos em outra edição do Diário — falando de outro grupo com ainda mais anos de estrada — “marca forte e consistência no longo prazo — pra bandas ou empresas — são primordiais”.
⏳ Atemporalidades
Leia agora, leve pra vida.
If there is no struggle, there is no progress — Frederick Douglass @RyanHoliday
A founder asking how to fix culture of their company is same as a person asking how to fix a mirror to look better. @kunalb11
Por hoje é só pessoal 🤙
Bebam café, se hidratem e não se esqueçam que preço importa!
Boa semana a todos e bons negócios!